terça-feira, 31 de maio de 2022

Como os Bispos Orientais do Primeiro Milênio viam as reivindicações papais?

O historiador Católico Romano Pe. Richard Price é provavelmente a principal autoridade viva sobre os Grandes Concílios Ecumênicos. Suas traduções dos atos existentes dos Concílios especificamente, Éfeso, Calcedônia, Constantinopla II e Niceia II (assim como o Sínodo de Latrão 649) - são contribuições imensamente valiosas para a pesquisa moderna.

No último ano, o pessoal do Reason and Theology convidou o Pe. Price para falar sobre os Concílios. Durante duas das entrevistas foi-lhe perguntado como os bispos orientais consideravam a supremacia papal. O editor do blog Orthodoxidation resumiu as respostas dele e disponibilizou os videoclipes relevantes:

1. O Oriente não reconhecia nem "acreditava" na infalibilidade papal nem na supremacia papal. O Oriente queria manter boas relações com a Antiga Roma.

2. O Oriente considerava o Bispo de Roma como um "bispo sênior" por respeito a seu ofício.

3. O Oriente não exigia ratificação papal para os Sínodos Ecumênicos, nem o Oriente acreditava que qualquer Sínodo Ecumênico exigisse a afirmação pelo Bispo de Roma para ser validado. O Oriente queria a aprovação da Antiga Roma para que os decretos pudessem ser meramente "circulados no Ocidente" pela Antiga Roma - para ser uma só mente.

4. O Oriente acreditava que o Imperador convocava os Sínodos Ecumênicos e instituía seus decretos como lei, como "co-governante de Deus" e como o "Guardião da Igreja".

5. As províncias orientais não reconheciam a jurisdição da Antiga Roma.

Estas são afirmações incrivelmente surpreendentes de um estudioso e sacerdote latino com o reconhecimento do Pe. Richard Price, e reforçam ainda mais a eclesiologia Ortodoxa.

[Nota do blog Skemmata: além do trecho de vídeo mencionado também há outro trecho onde Pe. Richard Price responde uma questão sobre a autoridade papal no Sétimo Concílio Ecumênico. O texto introdutório acima foi retirado dos sites Orthodoxidation e Eclectic Orthodoxy]

Assista o vídeo: