Joaquim e Ana
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O "Novo Homem" do "Terceiro Sexo Indeterminado"
Por Sua Eminência Metropolitana Hieroteos
de Nafpaktos e Agiou Vlasiou
Até hoje nós sabíamos que havia dois gêneros, o masculino e o feminino, ou homem e mulher. Havia também alguns que vacilavam disto por várias razões, primariamente devido às paixões. Mas recentemente surgiu outra pessoa do "terceiro gênero", como foi nomeada pelos tribunais, depois de muitos anos de luta feita por essas pessoas de "gênero indeterminado" ou "terceiro gênero".
Alguém chamado Norrie May-Welby, que nasceu na Escócia como homem, posteriormente foi para a Austrália, onde passou por uma cirurgia de mudança de gênero para se tornar uma mulher. Por acreditar que ele não se sentia confortável como um indivíduo do gênero feminino, ele decidiu interromper a terapia hormonal para ter uma operação para evitar pertencer a um gênero "predeterminado". Então ele começou uma longa luta para ser legalmente reconhecido como uma pessoa de gênero "indeterminado".
Na quarta-feira, 2 de abril de 2014, "o Supremo Tribunal da Austrália decidiu que o Estado de Nova Gales do Sul deveria reconhecer a existência desse terceiro gênero "indeterminado" ao qual Norrie May-Welby pertence" (Ta Nea, 04/04/2014). Assim, nasceu uma pessoa de um "sexo indeterminado" (sexo não-específico), que não é nem homem nem mulher.
Fica-se impressionado ao ponto que uma pessoa pode alcançar: uma pessoa que está frustrada e quer experimentar novas experiências e situações. Há muitos que, reivindicando direitos humanos para todas as pessoas, estão prontos para aceitar e adotar tal mentalidade. Mas se começarmos a aceitar os direitos humanos sem quaisquer restrições necessárias, chegaremos a uma catástrofe social.
A filosofia existencial, ao falar de liberdade, diz que o maior problema de liberdade é que "a existência nos é dada", que não temos o direito ou a capacidade de escolher o nosso gênero, que nos é dado sem a possibilidade de fazer uma escolha. Bem, agora esse direito pessoal foi aceito e até mesmo reconhecido pelo Estado. Mas, onde a sociedade pode chegar com essas considerações?
A dualidade de gênero nos foi dada e, de fato, possui uma infra-estrutura biológica. Deus criou pessoas como homem e mulher e, dessa forma, as pessoas se desenvolveram na sociedade, e assim a raça humana se multiplicou. Infelizmente, devido a muitas causas, existe hoje na sociedade uma "corrupção genética" e o próprio homem intervém nesta questão.
Na Igreja, no entanto, temos a capacidade de transcender o que nos foi "dado na existência" com a vida em Cristo. São Máximo, o Confessor, identificando as cinco divisões (isto é, incriado e criado, mental e sensível, céu e terra, paraíso e ecumene, homem e mulher), escreve que na vida em Cristo começamos a transcender a divisão do homem e da mulher, prosseguindo para transcender todas as divisões. Os santos da Igreja vivem em um estado angélico, como está escrito no troparion, "como anjos no mundo celebremos", mas também se tornam anjos no céu, de acordo com as palavras de Cristo, "serão como anjos no céu" (Mt 22:30).
Quando as pessoas não conhecem e não podem se tornar um anjo em Cristo, então, em sua mania, voluntariamente se tornam uma pessoa de "gênero indeterminado" e pior ainda, já que até os animais têm uma distinção de gênero.
Ekklesiastiki Paremvasi, “Ὁ «νέος ἄνθρωπος» τοῦ «τρίτου ἀκαθορίστου φύλου»”, May 2014
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