Aristóteles em sua obra Política interpreta a ganância do homem e o número infinito de suas perguntas, observando: "O desejo é infinito por natureza e a maioria das pessoas passam a vida tentando saciá-lo". O mundo inteiro é muito pobre para poder satisfazer o desejo humano. Isso se torna cada vez mais evidente hoje, enquanto o homem estende suas conquistas para além da Terra, mas sem se sentir mais completo ou mais feliz. Pelo contrário, pode-se observar que as conquistas do homem estão aumentando ainda mais suas perguntas e a satisfação de seus desejos está intensificando ainda mais sua ganância.
Esse fenômeno, que pode ser considerado um paradoxo para uma teoria antropológica materialista, não só é inteligível, mas também perfeitamente natural para a antropologia cristã. O homem, de acordo com o ensinamento cristão, é uma criatura "à imagem e semelhança" de Deus (Gen 1.26). Isso significa que ele tem marcas do divino em sua natureza. O infinito, o perfeito, o eterno e todas as marcas que caracterizam o Deus incriado e transcendente são refletidas de alguma forma nos homens criados e finitos. Assim, o paradoxo não deve ser buscado nos desejos e nas perguntas do homem, mas na sua própria natureza e estrutura. O paradoxo não é que o homem deseje o infinito, o perfeito, o eterno, mas que, sendo uma existência criada e perecível, ele não pode se satisfazer se não for levado ao que deseja, se não for deificado. O anseio pela deificação é inato no homem. O homem se satisfaz por esse anseio e por ele é levado a valorizar e compreender o objetivo de sua existência. Como observa São Máximo Confessor,
Deus nos fez para que nos tornássemos "participantes da natureza divina" (2 Pedro 1:4) e partícipes em sua eternidade, para que possamos vir a ser como Ele (ver 1 João 3.2) através da deificação pela graça.
Mas, por outro lado, o desejo pela deificação destrói o homem e o conduz a perversão e a loucura. Esse desejo conduziu o homem ao pecado original. Encontra-se essencialmente na base de toda atividade humana que estabelece e perpetua a queda. No Doxastikon de Orthros para a Festa da Anunciação da Mãe de Deus, a hinografia da Igreja Ortodoxa observa o seguinte:
Na antiguidade Adão foi enganado:
ele procurou tornar-se Deus,
mas ele não recebeu seu desejo.
Agora, Deus se torna homem,
para que Ele possa fazer Adão bom.
Deus tornou-se homem para deificar o homem: "Pois Ele tornou-se homem para que nos tornássemos deus." Na pessoa de Cristo, a natureza humana foi deificada e uma nova raiz foi criada, que está numa posição de transmitir a vida e a incorruptibilidade a todos os seus partícipes. Os fiéis que estão no corpo de Cristo se tornam participantes na graça e na vida de Deus. E assim, o que era impossível e inacessível para o homem tornou-se possível e acessível através do Deus-homem. Cristo, como o Deus-homem, tinha toda a "plenitude da divindade" (Col 2:9) e "de sua plenitude, todos nós recebemos" (João 1:16).
Mas a encarnação de Deus, que possibilitou a deificação do homem, não poderia ser realizada senão com a cooperação do homem. A carne, que o Filho e a Palavra de Deus recebeu em sua encarnação, veio da Sua Santíssima Mãe. Assim, a Santíssima Virgem cooperou na obra da encarnação de Deus ao fornecer a Cristo sua carne. Como Mãe de Cristo, ela é mãe e senhora de todos os homens que partilham no corpo de Cristo e se tornam membros de sua Igreja.
Portanto, a Mãe de Deus é a senhora, rainha e mãe de todos os santos. Todos os santos são seus servos pois ela é Mãe de Deus; eles são seus filhos, pois se comunicam na carne imaculada de seu Filho.
Por isso, a Igreja Ortodoxa honra a Santa Virgem como a causa da "deificação de todos". E, por fim, do ponto de vista moral, a Santíssima Virgem é a primeira a seguir o caminho da deificação em sua perfeita humildade e obediência. Sua entrega de si à vontade de Deus - "Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra"(Lucas 1:38) - constituiu a condição para a concepção e o nascimento de Cristo. Todo mundo que quer receber Cristo dentro si é chamado a se entregar sem reservas a Deus, imitando a humildade e a obediência da Santíssima Virgem. Isso fez com que São Gregório Palamas propusesse a Santíssima Virgem como nosso exemplo no curso da nossa jornada de deificação.
A deificação do homem, então, pressupõe sua entrega voluntária a Deus. À medida em que o homem se oferece a Cristo, que combate sua vontade individual para que a vontade de Deus se realize e mortifica seu amor próprio para que Deus e seu próximo (que é a imagem de Deus) possam viver nele, ele co-opera em sua deificação pessoal. Ele co-opera nessa transformação essencial de sua existência, que é realizada dentro do corpo de Cristo, a Igreja, pela graça do Espírito Santo. E assim, o cristão vence a corrupção e a morte em Cristo. Ele muda o que é forçado no que é desejado e "assume a natureza com o seu consentimento, tornando-se morto para o mundo por sua própria vontade".
Um certo staretz, que foi perguntado um pouco antes de sua morte, se ele iria morrer, disse, "Eu ainda não aprendi a humildade." Ele viu que não possuía o espírito da humildade irrestrita de Cristo. A perfeição na humildade é a perfeição ao longo do caminho para enfrentar a morte; é a perfeição na jornada para a deificação em Cristo.
Um certo staretz, que foi perguntado um pouco antes de sua morte, se ele iria morrer, disse, "Eu ainda não aprendi a humildade." Ele viu que não possuía o espírito da humildade irrestrita de Cristo. A perfeição na humildade é a perfeição ao longo do caminho para enfrentar a morte; é a perfeição na jornada para a deificação em Cristo.
Todos devemos passar pelo mistério da morte, a fim de viver uma maior semelhança a Cristo.
Nosso Deus e Pai nos conduz por esse limiar, que ainda nos é desconhecido, em direção a luz do dia interminável.
O fazer-se deus egoísta do homem é o oposto da deificação em Cristo. Enquanto a deificação em Cristo assume a humildade e o desprendimento, esse fazer-se deus egoísta do homem é fundamentado na autoconfiança e presunção. É um ato que é buscado com as possibilidades e habilidades naturais do homem ou com seu desenvolvimento moral e espiritual. Mas o homem não pode oferecer a si qualquer coisa que ele não tenha. Nem ele está numa posição de produzir algo que transcenda sua natureza. O homem é e permanece criado e mortal. Portanto, mesmo o "fazer-se deus" que ele busca move-se dentro dos limites da morte. Mas, apesar de tudo isso, o homem geralmente prefere esse caminho pois não exige a renúncia ao ego.
A deificação, que é definida nos textos areopagíticos como "assimilação e união com Deus, na medida do possível", é concedida como um dom do Deus incriado ao homem criado. Como observa São Máximo Confessor, "passivamente experimentamos a deificação pela graça como algo superior à natureza, mas não a realizamos ativamente; pois, por natureza, não temos a capacidade de alcançar a deificação...", e "as coisas criadas não são, por natureza, capazes de realizar a deificação..." A deificação do homem é obra do Deus Triuno. Deus assume o homem em Cristo pela graça do Espírito Santo e o conduz à glória do Seu reino. Este evento é revelado na vida de Cristo e especialmente em sua Transfiguração e Ascensão.
A Transfiguração de Cristo ocupa uma posição central na teologia e no culto Ortodoxo. Uma consideração correta tem grande importância para uma compreensão precisa do ensinamento da Igreja Ortodoxa sobre a natureza da deificação do homem. A transfiguração de Cristo de acordo com a tradição da Ortodoxia não foi realizada por alguma mudança temporária em Sua pessoa ou por ter assumido um esplendor especial que Ele não tinha anteriormente, mas pelo fato de que os discípulos tornaram-se capazes de ver - e mesmo assim só parcialmente - a glória natural de sua divindade que existia desde o início em sua hipóstase divino-humana. São João de Damasco escreve caracteristicamente o seguinte:
Foi o que ele aparentava ser para seus discípulos que foi mudado quando os olhos deles foram abertos e aqueles que eram cegos passaram a ver. Isto é o “ele mudou diante deles.” Pois agora ele era visto numa aparência diferente em relação àquela de antes, embora tenha preservado sua identidade.
Além disso, com a ascensão de Cristo, a obra da economia de Deus e da deificação do homem foi finalizada. A ascensão de Cristo, como toda a Sua vida terrena, não é um assunto privado, mas revela o destino e o caráter do homem renovado:
Pois o que Ele se tornou, Cristo tornou-se por nós... e a vida que viveu, Ele viveu por nós... e foi ressuscitado por nós, subiu aos céus, antecipadamente, nos proporcionando a ressurreição para toda a eternidade e nossa assunção.
A ascensão de Cristo liberta a natureza humana da necessidade universal e a eleva para a glória de Deus Pai pela graça do Espírito Santo. "Deus nos fez viver em Cristo, nós que estávamos mortos em nossos pecados. . . e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais" (Efésios 2:6).
De acordo com o ensinamento das Escrituras e dos Pais da Igreja, Cristo é a causa e a recapitulação da criação: "todas as coisas foram feitas por ele e para ele" (Col 1.16). Analisando esta passagem, São Nicolau Cabasilas observa:
De acordo com o ensinamento das Escrituras e dos Pais da Igreja, Cristo é a causa e a recapitulação da criação: "todas as coisas foram feitas por ele e para ele" (Col 1.16). Analisando esta passagem, São Nicolau Cabasilas observa:
Foi para o novo homem que a natureza humana foi criada no início, e para ele a mente e o desejo foram preparados. Nossa razão recebemos para que possamos conhecer Cristo, nosso desejo, para que possamos nos apressar até ele. Temos memória para que possamos levá-lo em nós, já que ele próprio é o Arquétipo para aqueles que são criados. O Adão velho não foi um modelo para o novo, mas sim o novo Adão para o velho.
Em Cristo, então, encontra-se a dignidade do homem. Toda pergunta feita pelo homem é, no final, uma pergunta cristológica, apesar de todas as suas diferenciações e variações, apesar das falhas e distorções. O homem procura Cristo com sua mente e seu desejo, com sua memória e sua imaginação. Mas, como Adão, todo aquele que procura satisfazer e dar valor à sua existência, segundo a maneira de Adão, frustra-se em seu desejo e, ao invés de se tornar digno, torna-se deformado. Somente em Cristo encontra-se o valor do homem, bem como o valor de todo o mundo. No corpo de Cristo, a Igreja, o homem e o mundo inteiro encontram mais uma vez o propósito de sua existência.
A deificação do homem, portanto, não é um assunto privado pessoal, nem se move apenas na dimensão vertical de suas relações com Deus. A deificação é realizada no quadro de sua vida em comunhão dentro da Igreja. Assim, também abrange a dimensão horizontal da vida do homem, isto é, suas relações com seus semelhantes e com o mundo. Deus, cuja vida o homem deificado compartilha, não é uma "individualidade", mas a Trindade consubstancial e indivisa de Pessoas. A imagem de Deus que está gravada no homem não se limita à hipóstase individual, mas se estende a toda a sua natureza e cobre todas as suas relações interpessoais e sociais. Assim, a deificação não constitui uma realização ou privilégio do indivíduo, mas um evento eclesiológico. A deificação é fruto da perfeição dos fiéis como membros do corpo de Cristo, a Igreja, que é, por isso, chamada de "comunhão de deificação".
A comunhão de deificação não é um sistema de princípios ou constituições ou de valores objetivos ou objetificados. A comunhão de deificação é uma comunhão de pessoas. Como comunhão de pessoas, é uma comunhão de amor e liberdade. É uma comunhão de oferta absoluta e plenitude absoluta à imagem e pela participação na Divindade Triuna. Aqui, a pessoa não é colocada contra o todo, e o todo não suprime a pessoa. Esta oferta não reduz a plenitude, porque forma um elemento constitutivo dela. A plenitude não é criada pela quantidade, porque não constitui uma magnitude coletiva. O um existe na multiplicidade e a multiplicidade no um.
A Trindade consubstancial e indivisível assume o homem em sua glória pelo amor e filantropia, "para que possa haver", como São Teófilo de Antioquia escreve caracteristicamente: "Deus, Palavra, Sabedoria, homem". Nesta comunhão divino-humana, a diferença básica e única que separa Deus do homem, no fim, não é abolida: a diferença entre o incriado e o criado. Deus é e permanece incriado. O homem é e permanece criado. Mas o Deus incriado que assumiu e deificou a natureza humana criada em Cristo, assume e deifica toda pessoa humana pela graça do Espírito Santo, incluindo-o na comunhão de deificação. Assim, o que foi dado à natureza humana em Cristo é oferecido a toda pessoa humana que recebe Cristo e vive como membro de seu corpo. O homem torna-se amigo de Deus e semelhante a Cristo. Mas enquanto Cristo é "Deus por natureza" e "homem pela bondade de Deus", o homem permanece homem "por natureza" e se torna "Deus pela graça".
A deificação do homem, como a Igreja que declara as boas novas da comunhão de deificação dentro da história, tem um caráter escatológico. A plenitude da deificação é revelada pela transição "da graça que está na fé para a graça da visão", onde quer que Deus é visto "face a face" (1 Cor 13,12). Mas já durante o período de "graça na fé", que é o tempo da vida presente, as experiências da "graça pela visão" são concedidas aos fiéis. Como escreve São João, o evangelista:
agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é. (1 João 3:2)
A visão de que os fiéis podem manter a graça do Espírito Santo durante sua vida presente "sem saber" e "sem perceber" é caracterizada por São Simeão, o Novo Teólogo, como maliciosa e blasfema. Então ele observa, se as graças do Espírito Santo
... agem em nós sem que sejamos conscientes disso, sem que possamos sentir nada delas, é óbvio que não receberemos essa sensação nem mesmo na vida eterna que segue delas (ou seja, as graças do Espírito Santo) e nem permanece em nós, nem veremos a luz do Espírito Santo. Mas permaneceremos mortos, cegos e insensíveis, então, como agora. E assim nossa esperança torna-se vã, segundo eles, e nosso caminho sem sentido, já que estamos na morte e não recebemos nenhuma sensação da vida eterna.
A sensação da glória de Deus começa na vida presente e pressupõe a pureza do coração do homem, na medida em que, como diz Cristo, os "puros de coração" verão Deus (Mt 5.8), é natural que, onde a pureza exista, haverá a visão de Deus.
Em qualquer caso, quando a pureza ocorre, a contemplação segue. Pois, se a pureza existe, a visão também existirá; se você diz que terá a visão de Deus após a morte, você coloca a pureza após a morte e, assim, você nunca poderá ver Deus, pois não existe maneira de você alcançar a pureza após a morte.
A participação na glória de Deus transfigura o homem. O ferro que é aquecido no fogo, como observam os Padres, torna-se e é chamado fogo, sem deixar de ser ferro. E o homem que participa da luz divina torna-se e é chamado de luz, sem deixar de ser homem. Todo o homem se torna deiforme. O Deus incriado habita e é ativo na natureza humana criada e, portanto, o homem deificado não se orgulha de suas virtudes e boas obras. Toda a sua boa obra e todas as suas virtudes são, no fim, um fruto da graça de Deus que está ativa nele.
Pela graça, o homem deificado recebe tudo o que o Deus incriado tem. E então ele vive uma perfeição infinita e sem limites. Deus é infinito e as possibilidades para o desenvolvimento do homem são infinitas. A graça de Deus é ilimitada, e a bem-aventurança dos fiéis que participam dela é ilimitada. Como amigo de Deus e deus pela graça, o homem é libertado do espaço e do tempo. Ele se torna
...sem começo e sem fim, não tendo mais em si a vida agitada do tempo que tem um começo e um fim, nem é perturbado por muitas paixões, mas tem apenas a vida divina e eterna do Verbo interior, que nenhuma morte pode acabar.
Assim, a deificação do homem, iniciada pela deificação de sua natureza na pessoa de Cristo, é finalizada pela oferta deste dom a toda pessoa humana. Esta oferta é iniciada pela graça do Espírito Santo durante a vida presente e é revelada em sua plenitude na vida futura. A pessoa não é uma unidade aritmética, mas é considerada única e irrepetível. Toda a plenitude é oferecida e revelada na pessoa, e a plenitude existe e atua pessoalmente. Este é o testemunho e o dom do Deus Triuno.
Tudo o que tenho é teu, e tudo o que tens é meu... E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade (João 17:22,23)
O esforço que visa tornar o homem em deus é encontrado exatamente na direção oposta. Este esforço busca divinização pela coletivização. A plenitude não é tomada como uma oferta. Portanto, é procurado como a conclusão aritmética de todos os fatores possíveis. A pessoa é usada como uma unidade aritmética para promover o todo. E a apoteose do todo não pode ser localizada em outro lugar, exceto onde a independência e a particularidade da pessoa desaparecem. É a direção e o espírito do "gigantismo" e do totalitarismo, aos quais a nossa civilização é escravizada.
O esforço que visa tornar o homem em deus é encontrado exatamente na direção oposta. Este esforço busca divinização pela coletivização. A plenitude não é tomada como uma oferta. Portanto, é procurado como a conclusão aritmética de todos os fatores possíveis. A pessoa é usada como uma unidade aritmética para promover o todo. E a apoteose do todo não pode ser localizada em outro lugar, exceto onde a independência e a particularidade da pessoa desaparecem. É a direção e o espírito do "gigantismo" e do totalitarismo, aos quais a nossa civilização é escravizada.
Este esforço titânico para fazer um deus a partir homem alcançou nos nossos dias um impasse aterrador. Alienar a pessoa humana e transformá-la em um número simples e um acessório anônimo para uma máquina intrincada, impessoal e incontrolável, já significa direcionar o mundo inteiro para alienação geral e ruína. O ídolo ao qual o homem sacrificou sua pessoa está tentando despedaçar toda nossa espécie. Diante desse impasse temerário, a Igreja repete de forma firme e inalterável a eterna proclamação da deificação do homem em Cristo: a Deificação que não se realiza pela abolição da pessoa, mas dando o valor absoluto como uma imagem de Deus, na qual o infinito, sem início e fim, a verdade da vida e da existência de Deus é manifesta, a deificação, que se realiza sempre em comunhão com os outros membros da Igreja à imagem de Deus na Trindade.
Giorgios I. Mantzarides em Orthodox Spiritual Life
Giorgios I. Mantzarides em Orthodox Spiritual Life
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